A luxúria deve ser meu pecado favorito.
Não digo a luxúria vulgar, a imposta a nossos conceitos pela casta igreja.
Talvez por ser tão polemico seja o mais atraente.
O sofisticado pecado da Luxúria é uma orgia do sentir com grande refinamento sensual. Necessita de tempo, qualidade, magia dos sentidos, liberdade de criação e abundância que é a condição de quem não tem medo da falta. Como ser um libertino, ou seja, como usar desmedidamente sua liberdade sem cair na peculiar situação do sem valor.
É pecado capital de extremo prazer, no toque, no beijo, na pele.
Não acredito que ao tocar o seu objeto de desejo, o que sente, seja pecado.
No momento que vamos tirando, uma a uma, a peças de roupas,
deixando a pele nua e em contato direto,
as emoções fluem, o coração dispara, e respiração ofega.
Por mais que seja somente um desejo carnal,
que aumenta nos movimentos, não deixa de ter uma beleza singular.
Ao me pegar pela cintura,
ao passar os lábios por meu corpo,
ao escorregar extasiado para dentro de mim, e a cada gemido,
a luxúria perde o caráter pecaminoso.
Pecado que sempre terá um gosto de quero mais,
pecado que cometemos sem culpa,
pecado maravilhosamente digno de ser cometido.
Nos transformamos em prostibulos da alma,
nos entregamos ao sadismo,
desejo desordenado,
mas que nos enche de satisfação.
Pecado no qual, irei ser eterna culpada.
Queres cometer tal pecado comigo?
Queres colher de mim a seiva incauta,
Que posso derramar em tua boca faminta!
Em minhas entranhas, sem que eu sinta
A fome de prazer, nunca extinta,
Que posso derramar em tua boca faminta!
Em minhas entranhas, sem que eu sinta
A fome de prazer, nunca extinta,
e assim,
Desfalecer em teus braços, exausta!
Desfalecer em teus braços, exausta!
Um comentário:
Tá vendo... depois de ler isto, é aí mesmo que eu tenho a sensação de haver desperdiçado uma manhã... mas a vida ainda há de me sorrir com alguma alternativa para aplacar a sede dos que tem sede....
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