
"E esperei, esperei, esperei,
E na espera,
A esperança esvaineceu;
O coração, faminto da tua presença,
Não sabe como deve bater,
Ora excessivamente apressado,
Pela continúa lembrança presente,
Ora lento, quase parado,
Quando a memória da tua ausencia
O enche de nostalgia, e o consome
num só sopro de lucidez...
E esperei, esperei, esperei,
E desta espera,
Surgiu a solidão,
Como um raio de luz escura,
Que ilumina de negro meus caminhos,
Agarrando a alma pela mão...
Tropeço em dores,
Agravadas pela inquietação
Revivida em cada intolerante dúvida,
Que me faz cair em tristeza,
Lembrando nossa história...
E esperei, esperei, esperei,
E nessa espera,
Acabei por meter a esperança
Numa caixa de madeira,
Que consciente selei,
Com pregos enferrujados
Que um dia foram alegria,
Mas que à muito são apenas usados
Como amparo ás lágrimas
Que chorei na morosa espera,
Na eterna ausencia da tua presença...
E esperei, esperei, esperei,
Hoje,
Não mais espero... "
autoria de Paulo Alves
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