Convite para um crime!

O telefone toca!
Uma ligação inesperada,
o bom filho a casa torna,
e surge o convite para cometer mais um delito.

A mulher ouve e fica confusa.
Confusa, porque achava que a sentença já havia sido dada.
E nela não haveria mais a possibilidade de interposição de recurso,hábeas corpus ou qualquer outro remédio jurídico que exista.

Entretanto a continuação do crime fascina.
O segredo, a premeditação, são fatores que mexem com a imaginação.
É excitante imaginar o que pode e quando ser feito.
A execução do crime é prazerosa.
O desejo lascivo da carne,
o beijo,
os movimentos, e
e a delicadeza tornam o crime
simplesmente perfeito e sem suspeitos.

O melhor disso tudo, um homem e uma mulher,
com um segredo, jamais revelado ao mundo.
Um crime onde somente duas pessoas fazem parte.
Um crime sedutor, perigoso... mas que vale a pena...
principalmente pelas mentes que o premeditam...
Mentes conscientes,
mentes que são cúmplices,
mentes que nada esperam, somente a execução do delito.

Ah desejo, vontade e excitação.
Será que o crime será consumado?
Ou será apenas a labareda querendo acender,
e os criminosos se desencorajam diante das
penas que podem ser aplicadas?
Não... o único julgamento que terão será
o do segredo dos dois, da cumplicidade,
pois ninguém jamais saberá o que se passa.
Ambos serão vitimas, meliantes, juízes e júris de si mesmos!
Querem mais... e a tipificação penal dos crime cometido.