"Nestas impressões sem nexo, nem desejo de nexo, narro indiferentemente a minha autobiografia sem fatos, a minha historia sem vida. São as minhas confissões, e, se nelas nada digo, é que nada tenho que dizer." Bernardo Soares

Aviso das Imagens

P.S. informo que todas as imagens aqui postadas foram retiradas da net, caso sejam de sua autoria por favor informe que darei os devidos créditos e caso não deseje a postagem a mesma será retirada.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Plabo Neruda

Morre lentamente quem não viaja, quem não le, quem não ouve musica, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destroi o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do habito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se
arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho
de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropecos e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando esta infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um
sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de inicia-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar.
Somente a perseveranca fará com que conquistemos um estagio esplêndido de felicidade.

Nenhum comentário: